Não há romance que
não tenha um personagem antipático, ou muito arrogante, mas que consegue manter
a atenção do leitor. Ele tem qualquer coisa que nos deixa presos e a querer
saber mais. Dou como exemplo o personagem masculino da saga familiar “ Anna” e “Gabrielle”
que é detestável, mas possui um conjunto de características que nos faz gostar
dele. Quando estava a escrever o primeiro livro, pensei transformá-lo num homem
diferente (mas isso seria alterar o rumo do romance), pela simpatia que irradiava
em conjunto com toda a personalidade perversa. Não vou revelar mais, poderão
ver por vocês quando os livros saírem.
Truques para manter o leitor interessado se o personagem
principal é egoísta, rude, perverso…
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O personagem ter amor a alguém (pode até ser um
animal) ou alguma causa em especial. As ligações a animais funcionam muito bem
para personagens antipáticos.
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Se o personagem é estúpido, idiota, mas gosta de
alguém, pode ser uma pessoa idosa, prende o leitor pela compaixão.
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O personagem é mau, mas tem dúvidas sobre as
suas acções e ao longo do livro os remorsos começam a surgir. Como leitora
adoro personagens desse género.
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O personagem tem todas essas características menos
simpáticas, mas o escritor deixa em aberto o decorrer da acção e o personagem é
imprevisível e subitamente começa a fazer boas acções, ou a ser mais simpático.
Dou como exemplo a personagem masculina do romance “Sedução irresistível “ de
Elizabeth Hoyt, que era arrogante, desfigurado pelos traumas de guerra, chegava
a ser mau, mas deixava adivinhar que qualquer coisa ia mudar nele. Era impossível
não gostar do Alistair. Outro exemplo, para quem se lembra de "E tudo o vento Levou", é Reth Butler, o personagem masculino, rude, grosseiro e quase detestável, mas que grangeou a simpatia do leitor e no cinema do público.
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O personagem é mau carácter mas está em perigo e
isso entusiasma o leitor.
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O personagem é muito mau, mas os outros são
muito piores, o que faz com que o leitor simpatize com ele.
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