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sexta-feira, 4 de abril de 2025

 


SINOPSE

Este é um romance sobre duas mulheres unidas pela desilusão e pelos cinquenta anos mais tristes da história da Alemanha. Com uma estrutura muitíssimo original e uma galeria de personagens inesquecível, Nem Todas as Árvores Morrem de Pé marca a estreia fulgurante de Luísa Sobral na ficção.


Emmi, que nasceu pouco antes de Hitler ascender ao poder na Alemanha, perde o pai na guerra e tem uma adolescência difícil, trabalhando desde muito cedo para ajudar em casa. É num bar aonde vai com os amigos depois do trabalho que conhece Markus, um homem de Berlim Leste que lhe escreve cartas maravilhosas e por quem se apaixona perdidamente.

Apesar de a mãe torcer o nariz ao seu casamento num momento em que a Guerra Fria está ao rubro, a irmã apoia-a, e Emmi acaba por ir viver com Mischa, como lhe chama, para a RDA. Inicialmente, tudo corre bem, mas, depois de o Muro de Berlim ser erguido, a separação da família e a chegada de uma carta anónima deixam-na na mais profunda depressão.

M. nasce após a divisão das duas Alemanhas e é o fruto perfeito do socialismo: com uma mãe ausente e educada por uma ama que adora plantas, M. idolatra o pai, desconhecendo por completo o mundo ocidental e crescendo ao sabor de uma realidade distorcida. Até que um dia, ao ouvir o testemunho chocante de uma rapariga, descobre que, afinal, não é só o Muro que tem um outro lado.


Opinião
Este livro foi uma agradavel surpresa. Não pelas capacidades de escrita da autora, com provas dadas ao longo dos anos da sua carreira musical e como autora, mas pelo tema, que só li tratado em autores estrangeiros. O tempo da RDA e do muro de Berlim aparece bem documentado e a trama muito verossimel, se não o é na realidade. A propria Luisa diz no livro que ouviu a história e que aproveitou a idéia. Portanto, sem querer fazer spoiler sobre o livro, recomendo vivamente que o leiam. Lê-se de uma assentada e deixa-nos uma surpresa no final.