(...)A
rapariga era muito competente, educada, nem parecia uma plebeia, mas estava a
dar-lhe cabo do juízo. Não podia envolver-se com uma serviçal, ainda que fosse
culta e mestra na arte de ensinar a ler e a escrever. Lá em cima, no primeiro
andar, uma luz acendeu-se e as portadas do quarto abriram-se. Escondeu-se na
sombra debaixo da árvore e preparou-se para assistir ao que ele considerava o
seu momento de deleite nocturno. Um espectáculo a que só ele tinha o direito de
assistir como senhor da casa.
Primeiro
o vestido; depois o espartilho; depois o corpete e os calções e finalmente as
meias. Estava pronta para um banho de lua.
Descobriu há vários dias, quando passeava pelo
jardim pensando no que fazer da vida que a mestra
tinha um ritual nocturno secreto. (...)
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