Quem só lê pode ficar com a ideia
que os escritores escrevem ao sabor da caneta (neste caso das teclas) e que
fazer uma lista seria coisa de quem tem pouca imaginação ou pouca maestria.
Nada disso!
A lista é indispensável para que não se esqueça do que vai escrever
ou que já escreveu. Faço listas para tudo. Aliás, carrego um diário de leitura
(aqueles caderninhos pequenos que cabem numa malinha) onde vou anotando tudo o
que me vou lembrando, até mesmo quando estou numa pausa diária.
Escritor está
sempre activo. Sempre a pensar. É num momento de descontracção que me vem a
inspiração para um trecho do livro ou uma ideia para uma fala de um personagem,
ou até uma característica que quero acrescentar ao personagem. A memória é selectiva.
vai-se quando menos se espera. Ter um caderno à mão para apontar no imediato é
fundamental. Fazer a sinopse do livro é a primeira lista (listar o enredo, onde
começa e onde acaba); fazer a lista das características das personagens é outra
lista; fazer a lista dos capítulos. Listar é imprescindível para quem escreve,
caso contrário, corre o risco de se perder na narrativa, ou de a história
parecer estranha. Onde é que eu tinha ficado? O que é que eu queria dizer? Por
onde vou conduzir a personagem?
Recapitulando- usar antes de um texto
para programar o que quer dizer; durante o texto se estiver com dificuldades em
desenvolver, para servir de resumo e programar o que vem a seguir. No final do
texto ou do livro como directriz para revisão do livro.
É verdade!! Também tenho um.
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