As metáforas são o coração e o centro de um texto literário,
no entanto nem sempre as trabalhamos com todo o seu potencial e sobretudo
emprestando-lhe o seu cunho pessoal. Os leitores já terão usado expressões como
«olhos azul mar» ou em momentos de paixão «gosto de ti até à lua», alguns
exemplos muito simples da potencialidade da metáfora. O que fez no caso dos
olhos e do azul do mar foi uma comparação (olhos azuis, azul do mar) mas, numa
metáfora não é bem isso que fazemos.
Pegando em exemplos
de “Carlos Ruiz Zafon” um escritor espanhol que vive nos estados unidos desde
1993, vou tentar demonstrar a maestria com que usa esta figura de estilo. No
livro “A sombra do Vento” refere-se ao estado de paixão como «compareceu ao
trabalho nas asas de Cupido», ou às nuvens de tempestade nocturna como «manto
de trevas cegando a lua», é esta distancia entre o significado e a forma como
se chega lá – possibilitando múltiplas interpretações – que se chama metáfora.
Como é que pode usar nos seus textos literários? Uma das
formas é pensar no sentido do que quer transmitir e associá-lo a um objecto ou
qualquer outra coisa que pretenda trabalhar.
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