João Pinto Coelho
Só não estou em "choque" porque já conhecia os factos históricos nos quais o autor se baseou para escrever o livro. No entanto, a forma como João Pinto Coelho construiu a narrativa deixa-nos em sobressalto até ao fim do livro. Acompanhar os três personagens do livro é uma aventura de horror por vezes e, por outras, uma delicia e um hino ao amor e à inocência.
As atrocidades cometidas contra os judeus, é do conhecimento mundial, se bem que, pormenores deste tipo, escapam aos livros de história, pois só os estudiosos conhecem o horror por detrás da guerra e dos principais responsáveis: os nazis.
Em tempo de guerra as pessoas enlouquecem, mas, os mais loucos, veio a verificar-se, não estavam no manicómio ao fundo da Rua Mazur. Estavam cá fora e eram bem mais perigosos.
Confesso que não é fácil falar sobre este livro, a impressão que nos deixa é tão atroz que quase paralisa. Imaginar que homens e mulheres que se dizem bons cristãos, um dia atentaram contra os da sua espécie só porque eram judeus, é avassalador. Não se recomenda aos espíritos mais sensíveis que o leiam, mas atrevo-me a dizer que devia ser obrigatória a sua leitura. Quiça fazer parte do plano Nacional de leitura. Porque não? A lição a tirar destes factos é tão forte e pedagógica que os nossos jovens deviam conhecê-los.
Recomenda-se o livro e o autor vivamente. Parabéns João Pinto Coelho, e que venham mais.
O AUTOR
Só não estou em "choque" porque já conhecia os factos históricos nos quais o autor se baseou para escrever o livro. No entanto, a forma como João Pinto Coelho construiu a narrativa deixa-nos em sobressalto até ao fim do livro. Acompanhar os três personagens do livro é uma aventura de horror por vezes e, por outras, uma delicia e um hino ao amor e à inocência.
As atrocidades cometidas contra os judeus, é do conhecimento mundial, se bem que, pormenores deste tipo, escapam aos livros de história, pois só os estudiosos conhecem o horror por detrás da guerra e dos principais responsáveis: os nazis.
Em tempo de guerra as pessoas enlouquecem, mas, os mais loucos, veio a verificar-se, não estavam no manicómio ao fundo da Rua Mazur. Estavam cá fora e eram bem mais perigosos.
Confesso que não é fácil falar sobre este livro, a impressão que nos deixa é tão atroz que quase paralisa. Imaginar que homens e mulheres que se dizem bons cristãos, um dia atentaram contra os da sua espécie só porque eram judeus, é avassalador. Não se recomenda aos espíritos mais sensíveis que o leiam, mas atrevo-me a dizer que devia ser obrigatória a sua leitura. Quiça fazer parte do plano Nacional de leitura. Porque não? A lição a tirar destes factos é tão forte e pedagógica que os nossos jovens deviam conhecê-los.
Recomenda-se o livro e o autor vivamente. Parabéns João Pinto Coelho, e que venham mais.
O AUTOR
João Pinto Coelho nasceu em Londres em 1967. Licenciou-se em
Arquitetura em 1992 e viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Passou
diversas temporadas nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar num teatro
profissional perto de Nova Iorque e dos cenários que evoca neste romance. Em
2009 e 2011 integrou duas ações do Conselho da Europa que tiveram lugar em
Auschwitz (Oswiécim), na Polónia, trabalhando de perto com diversos
investigadores sobre o Holocausto. No mesmo período, concebeu e implementou o
projeto Auschwitz in 1st Person/A Letter to Meir Berkovich, que juntou jovens
portugueses e polacos e que o levou uma vez mais à Polónia, às ruas de Oswiécim
e aos campos de concentração e extermínio. A esse propósito tem realizado
diversas intervenções públicas, uma das quais, como orador, na conferência
internacional Portugal e o Holocausto, que teve lugar na Fundação Calouste
Gulbenkian, em 2012. Perguntem a Sarah Gross é o seu primeiro romance.
Em 2017, venceu o Prémio Leya com o romance Os Loucos da Rua
Mazur.
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