Yasmina Khadra, cujo verdadeiro nome é Mohammed
Moulessehout, nasceu no Saara argelino em 1955.
Só o facto de o autor ter escolhido um pseudónimo feminino já despertou a minha atenção e quando descobri o motivo ainda achei mais interessante.
Tenho os meus autores preferidos, mas vou sempre lendo novos e, como este titulo me pareceu interessante, comprei o livro. Esteve na minha prateleira durante algum tempo, mas quando o comecei a ler, não parei. É um livro pequeno, lê-se rápido, mas fiquei muito surpreendida com o conteúdo. Não sei se o autor conhece Cuba e Havana - mas parece conhecer -, mas, como eu conheço, consegui, através da leitura, imaginar-me lá. Os sons, o cheiro, a descrição das gentes e da cultura, a interpretação do regime comunista, tudo está escrito de uma forma simples, mas tão cativante que me tocou profundamente. É um romance, ao nivel da escrita de Gabriel Garcia Márquez, que nos prende do inicio ao fim do livro. Mohammed é um escritor talentoso e decerto lerei outros livros seus. Para já recomendo vivamente esta leitura.
Sinopse
No momento em que o regime castrista perde o alento, «Don
Fuego» continua a cantar nos cabarés de Havana. Outrora, a sua voz electrizava
as multidões. Agora, os tempos mudaram e o rei da rumba tem de ceder o seu
lugar. Entregue a si próprio, conhece Mayensi, uma jovem «ruiva e radiosa como
uma chama», pela qual se apaixona perdidamente. Mas o mistério que cerca essa
beldade fascinante ameaça o seu improvável idílio.
Cântico dedicado aos fabulosos destinos contrariados pela
sorte, Deus não Mora em Havana é também uma viagem ao país de todos os
paradoxos e de todos os sonhos.
Aliando a mestria e o fôlego de um Steinbeck contemporâneo,
Yasmina Khadra conduz uma reflexão nostálgica sobre a juventude perdida,
incessantemente contrabalançada pelo júbilo de cantar, de dançar e de acreditar
em amanhãs felizes.
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