sexta-feira, 13 de julho de 2018

HELENA (romance)

Aos seus pés estendia-se Lisboa e o rio Tejo. Navios ostentado bandeiras de diversas nacionalidades descansavam nas águas do rio, à espera de melhores dias para zarpar através do atlântico
 A cidade vista do castelo de São Jorge continuava a ter aquele encanto mágico que ela recordava sempre. Era como apreciar uma pintura.
Helena ficou radiante com o convite de Ricardo para almoçarem numa tasca típica, e subirem até ao miradouro passeando pelas ruas intricadas do bairro de Alfama. 
- Estás muito silenciosa querida – questionou-a.
«Querida» era uma palavra comum na boca de Ricardo desde que era criança mas, aos vinte anos, soava-lhe estranha. Pôs os olhos no chão, corada.
- Passou tanto tempo. Se soubesse como senti a sua falta. Mais ninguém se dedicou a mim como o – ia dizer o padrinho mas parou a tempo - senhor Ricardo o fez.
- Senhor não, por favor, Ricardo está bem - emendou ele. 
- Porque partiu? Nunca acreditei nas histórias que ouvi.
Ricardo sorriu-lhe e passou-lhe o braço pelos ombros num abraço terno.
Sim, porque partira? Era uma boa pergunta, mas não lhe podia revelar que já não suportava a fama de libertino que criara desde os tempos da universidade, e que o exílio forçado lhe pareceu a melhor forma de se escapar à vida boémia que levava em Lisboa. Mas a verdadeira razão era outra e dessa não podia falar-lhe, mesmo. Se não tivesse partido, não estaria ali, ao lado dela. Quem sabe já não estaria vivo.  
Afastou-se ligeiramente.   
- Sei lá…tanta coisa…queria aventuras, e provar a mim próprio que não precisava da fortuna dos meus pais.
Era uma meia verdade, mas não queria manchar a sua imagem perante Helena.
Helena aproximou-se e enfiou o braço no dele como antigamente.
Ricardo apertou-lhe a mão pousada no seu braço esquerdo e sorriu-lhe. Da menina que conheceu pouco restava, apenas os grandes olhos verdes e os mesmos cabelos castanhos de ondas largas a emoldurar-lhe o rosto. Helena devolveu o sorriso e um sentimento estranho passou entre os dois.
- Tens namorado Helena?
- Não. E o padrinho é casado? Tem filhos?
- Não sou teu padrinho Helena. Agora somos dois adultos e não consigo ver em ti a menina a quem ensinei a gostar de livros…ainda gostas de livros?
Assentiu com a cabeça.
- Desculpe, é difícil habituar-me a tratá-lo de outra forma, o senhor não mudou assim tanto e…seja – rendeu-se - vou tratá-lo pelo seu nome. Ricardo. E sim,continuo a devorar livros, mas não consigo convencer os meus pais a deixarem-me continuar os estudos – e atreveu-se a levantar o rosto para o encarar.  
- Uma injustiça, eu sei. – e beijou-lhe a ponta dos dedos da mão pousado no seu braço.
Helena enrubesceu como um tomate maduro daqueles que os pais plantavam lá na horta do Alentejo. 
- Não precisas de ficar corada. E fica descansada não sou casado, não tenho filhos, sou livre como um passarinho.  
- Pelo menos não corro o risco de aparecer uma mulher, por aí aos gritos, a reivindicar o marido – afoitou-se a dizer em tom de provocação.
- Pois não – confirmou ele com um sorriso. – Olha – e apontou para o rio – lá vai um barco para a América carregado de refugiados. 
- Ummm… Pensa em partir de novo?
- Não sei. A guerra está a alastrar e tenho que pensar no que fazer à fazenda.
De repente o olhar dele ficou distante e uma ruga de preocupação surgiu na sua testa. Helena continuou a caminhar a seu lado mas manteve-se em silêncio. Era a primeira vez que andava de braço dado com um homem e o seu coração estava disparado. O fascínio que sentia por ele quando era criança manteve-se, mas agora era um fascínio diferente: um fascínio de mulher, o que a deixava muito perturbada. A madrinha Catarina não ia gostar nem um pouco que se aproximasse do seu filho preferido.
**
- Boa tarde senhor Ricardo. Os senhores, seus pais, esperam-no no escritório. – disse o empregado afastando-se em direcção à zona de serviço da casa. 
- Obrigado Martinho.
Helena percebeu que era um sinal para se afastar. A madrinha não lhe permitia muito mais que tomar as refeições com eles. Participar em conversas de família era-lhe completamente vedado.
- Obrigado pelo passeio senhor Ricardo.
Ricardo tomou-lhe as duas mãos e beijou-as fazendo-a corar de novo.
- Ricardo. O meu nome é Ricardo. Até daqui a pouco – e afastou-se em direcção ao escritório do pai, ao fundo do longo corredor da mansão.
José Luís e Catarina estavam sentados com ar carrancudo.
- Aqui estou. Aconteceu alguma coisa para me mandarem chamar desta forma tão…formal?
- Na realidade aconteceu – disse a mãe com ar sério.
- Não exageres Catarina – advertiu o marido que não concordava com as posições drásticas da mulher.
Ricardo sentou-se na poltrona de veludo azul, junto à  secretária de pau-rosa e disse:
- Queira dizer, minha mãe, sou todo ouvidos.
A mãe levantou-se, ajeitou a saia e o cabelo e virou-se para o filho com cara de caso.
- Por tua causa vou ter que enviar Helena para o Alentejo - disse a matriarca muito séria.
- Creio não estar a entender?
- Não fica bem a um Santana desfilar na rua com uma empregada.
José Luís abanava a cabeça em sinal de discordância. Nunca tinham tratado a rapariga como empregada. Se Helena era afilhada de Catarina e considerada como se fosse da família, porquê tanta exaltação? 
- E qual é a profissão dela dentro desta casa? – perguntou Ricardo com ironia.
- Ora Ricardo! Não seja insolente! Sabe bem que Helena é filha dos nossos caseiros.
- Sem dúvida que sei. Mas sempre frequentou a casa como se fosse da família e fomos nós que lhe pagamos os estudos, creio eu! O que torna a condição social dela, um pouco diferente. Helena é uma jovem com estudos minha mãe, ou já se esqueceu?
- A tua mãe é uma exagerada – proferiu José Luís. – Já lhe disse que se não quisesse que ela frequentasse a sociedade, não a devia ter convidado para vir para Lisboa, muito menos permitir-lhe que convivesse com os nossos amigos. A tua mãe tem um grande problema de consciência a atormentá-la – aventou.
Ricardo coçou a cabeça, não entendeu o que a consciência da mãe – que raramente se manifestava- teria a ver com Helena.  
- Na verdade Ricardo regressou para tomar conta das propriedades, não foi meu filho? Não deve perder tempo com…
- Com o quê, minha mãe? A senhora já viu o meu tamanho? Por acaso ainda se recorda da minha data de nascimento? Desculpe-me a insolência mas eu não dependo de vocês para viver, tenho os meus negócios e tomar conta dos vossos é uma questão a ponderar. O meu irmão deve ter uma palavra a dizer sobre isso. Ou não?
- António seguiu a carreira militar, não abdica dela, sobretudo agora que uma guerra se avizinha. Imagine se invadem Portugal!
- Talvez ele ainda seja útil nesta guerra, apesar de sermos neutros – ironizou Ricardo.- Tenho a certeza que Hitler irá tentar conquistar o mundo e depois disso nada vai ser igual.
-  Não duvido uma palavra do que disseste, filho.  É uma bênção se Portugal não for engolido por este conflito – disse o pai.   
- Há territórios mais apetecíveis a leste, senão pode crer que já estaríamos a fazer continência ao Fuher e a dizer Heil Hitler. Na realidade estamos a fazer-lhe continência, mas de forma disfarçada.
- Não fales o que pensas em voz alta, Ricardo. Não te quero ver atrás das grades. Mas já fazemos a saudação nazi, sim. Chegaste há pouco filho, vais ficar surpreendido com o que se passa por aqui. As coisas pioraram. É ver a Mocidade Portuguesa a fazer a saudação…e vais ficar abismado - disse o pai.
- Já nada me espanta neste país assombrado, meu pai. Estou muito bem informado – deixou escapar.
- Ricardo, desta vez abstenha-se de emitir opiniões em público com os seus amigos, aqueles, bordeaux, escarlates, vermelhos...ou… sei lá o que eles são! –vociferou a mãe muito irritada.
- Olhe minha mãe, não sou homem de me vergar. Não vou fazer uma manifestação contra o regime, fique descansada, não por falta de vontade, mas porque não sou tolo e tenho amor à vida, mas não abdico das minhas convicções.
O pai coçou o cocuruto da cabeça e acendeu um cigarro. Não sabia como o filho tinha apanhado aquelas ideias…e temia pela sua segurança. Mas reconhecia que ele tinha coluna vertebral. Era firme nos seus ideais. Ele próprio não via com bons olhos a posição do presidente do conselho. O povo a passar fome todos os dias, e os camiões do exército português a carregarem diárimante com latas de conserva de sardinha em direcção à fronteira, para alimentar os inimigos da europa.
- Quanto à vossa herdade no Alentejo, acho por bem contratarem um administrador por uns tempos. Talvez possa ajudar, mas tenho que decidir o destino dos meus negócios, que possuo… na europa e em África, sobretudo quero deixar as pessoas que trabalham para mim em segurança. Sou responsável pela vida deles – disse para os pais.
Ricardo levantou-se e dirigiu-se para a porta.
- Se me dão licença, vou tomar um banho.
- Ricardo meu filho! Peço-lhe que não volte a sair com Helena. Aliás, afaste-se dela, pelo nosso bem.
- Quando a mãe me der um bom motivo para o fazer, pondero a situação. Até lá, desculpe-me, mas a Helena é alguém que eu prezo muito.  
E saiu da sala fechando a porta atrás de si com alguma veemência.  
- Eu avisei-te – disse o marido.
- Eu é que sei José Luís! Não tens noção do perigo? Vou fazer tudo para os afastar.
- Acredito. Sempre foste uma mulher determinada. – ironizou. – Mas há batalhas impossíveis de travar. Sabes que o teu filho sempre foi determinado. Tanto como tu – atacou-a.  
Catarina nem se dignou olhar para o marido. Antevia o pior cenário: Ricardo apaixonado por Helena, algo que tinha que evitar a todo o custo. Desde que Helena começara a gravitar em torno de livros, que Ricardo lhe passou a dar atenção, o que durou até ele partir para África. Mas não ia tolerar esta aproximação. Nem por cima do seu cadáver, ou melhor, teriam que a matar para que os dois…enfim, nem queria pensar nisso. "

 Este é sem duvida o livro que mais prazer me deu a escrever. Disponivel em ebook e Papel na amazon. 



Destino, Paixão e Vingança.
Em 1941, Lisboa era uma cidade perigosa.

domingo, 24 de junho de 2018

PRAÇA DO ROSSIO Nº59 ( Jeannine Johnson Maia)

SINOPSE
Lisboa, abril de 1941. Em apenas nove dias, as vidas de uma mulher e de um homem mudarão para sempre. Vinda de Marselha, Claire, uma franco-americana de 17 anos, desembarca do comboio na estação do Rossio. À chegada, o seu caminho cruza-se - de maneira pouco agradável - com o de um jovem empregado do café Chave d’Ouro. Desenhador (e carteirista) nos tempos livres, António testemunha em primeira mão e tira partido dos conluios entre os espiões que se passeiam livremente pela capital portuguesa.

Enquanto aguarda pela família, na esperança de poderem partir juntos para os Estados Unidos, Claire vai à procura de duas crianças separadas dos pais à força e abandonadas à sua sorte, que transportam, sem saber, um segredo perigoso. António, chocado com o assassinato de um amigo, refugiado alemão raptado pela PVDE, tenta descobrir o responsável pelo crime. As investigações de ambos - e as suas vidas - vão cruzar-se, sem apelo nem agravo, à medida que descobrem que os desaparecimentos estão relacionados com um objeto que os nazis procuram em Lisboa.

Numa cidade repleta de espiões, intrigas e traição, a posse de tal objeto pode representar uma sentença de morte. Mas pode ser bem mais angustiante ter de decidir entre o amor e o dever.



A autora

Antes de se mudar para Portugal, Jeannine Johnson-Maia trabalhou como jornalista na Bélgica e em Washington, D.C.
Na qualidade de assessora de imprensa, integrou a missão norte-americana junto da União Europeia, em Bruxelas.
Estudou nos Estados Unidos e em Itália, ensinou Inglês em França e viveu em Cabo Verde.
A atração pelas viagens e pelas complexas relações entre os países começou a ganhar forma nos tempos do liceu, graças, em parte, a uma fascinante fotografia do monte de Saint-Michel na capa de um belo livro.
Com o tempo, esses interesses levaram-na a licenciar-se em Política Externa pela Universidade de Virgínia (EUA), a concluir um mestrado em Economia, Estudos Europeus e Relações Internacionais, na Johns Hopkins School of Advanced International Studies (EUA) e a obter um segundo mestrado em Escrita Criativa na Universidade de Lancaster (Reino Unido).
Jeannine aprecia particularmente temas históricos, andando sempre em busca da história por detrás da História.
Fanática por Ted Talks, acha que os passeios à beira-mar são a melhor forma de terapia.
Vive no Porto, cidade que considera irresistivelmente fotogénica.



domingo, 10 de junho de 2018

Sorrisos Quebrados de SOFIA SILVA - Opinião


Sinopse:
Paola está num momento chave da sua vida. Vai ter de decidir se quer continuar a viver ou se vai deixar-se morrer às mãos do homem por quem um dia se apaixonou e com quem veio a casar. Como foi possível que aquele homem bem parecido, poderoso e deslumbrante se tornasse no monstro que a está a destruir? Mas Paola decide viver.

E, no mais improvável dos lugares, vai encontrar de novo a luz e descobrir que, afinal, é possível amar outra vez.

A AUTORA

Sorrisos Quebrados marca a estreia de Sofia Silva na escrita de ficção. Um romance sobre violência doméstica, abuso sexual e as segundas oportunidades que a vida por vezes reserva. Sofia Silva nasceu em Vila Nova de Gaia e é licenciada em Ensino Básico - 1º Ciclo, pela Universidade de Aveiro. A literatura é a sua grande paixão, com destaque para a poesia, género literário que prefere. Pablo Neruda é o seu autor de eleição.


Desde jovem, a autora participa ativamente no meio literário. Em dezembro de 2014, iniciou-se na escrita de ficção através da plataforma Wattpad, com a série Quebrados, da qual Sorrisos Quebrados é o primeiro volume, onde são narradas histórias sobre violência doméstica, deficiência física e abuso sexual.

Esta série começou por alcançar grande sucesso no Brasil. Contando com mais de um milhão de leituras e com o apoio fervoroso das suas leitoras brasileiras, Sofia Silva publicou de forma independente, na Amazon, a versão digital de Sorrisos Quebrados, atingindo o top dos livros mais vendidos.

Em 2017, no âmbito do lançamento no Brasil de Sorrisos Quebrados, no formato livro, foi convidada para participar na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, um dos maiores eventos literários de repercussão internacional.

Vencedora do prémio instituído pela Amazon brasileira para Melhor Livro de Ficção em 2017, superando assim autores como Dan Brown, Stephen King e Carlos Ruiz Zafón.

A obra de Sofia Silva conquistou o público, a crítica e o mercado brasileiros. Estreia-se agora em Portugal, publicada pela Editorial Presença, com o livro Sorrisos Quebrados, a que se seguirão os outros volumes da série.


OPINIÃO - Tive conhecimento deste fenómeno de leituras na plataforma Wattpad, mas só agora li o livro. Comprei a versão em papel - versão portuguesa - e confesso que tinha algumas reservas pois estava com receio de encontrar uma história da qual não gostasse. 
Fiquei presa nas primeiras páginas. A sorte, ou destino, da personagem Paola, foi algo que não me deixou largar o livro. 
Uma história bonita e, ao mesmo tempo feia de sentimentos maus e violência, transportou-me por um universo que eu conheço - os meandros da mente humana -  e, Sofia Silva tratou de forma magistral, o tema. 
Estranho é que só depois de fazer sucesso no Brasil, a autora viu o seu livro publicado cá por uma editora portuguesa. Enfim...a realidade editorial portuguesa, continua igual.
Pois que venham mais livros da autora que os lerei de certeza. 
Parabéns SOFIA SILVA!

domingo, 13 de maio de 2018

Lista dos principais gestos da linguagem corporal


Olá caros (as) leitores. Muitos de vocês, escritores na sua maioria, gostaram da minha lista de expressões faciais, então pensei em fazer um post sobre gestos e linguagem corporal, também para atender aos pedidos deixados na caixa de comentários. A forma como descreve os seus personagens, que, quanto menos directa for, mais apelativa se torna, pode ajudar os leitores a visualizar uma cena e ter uma ideia dos personagens e, mais uma vez, eles podem estabelecer linhas de diálogo para que não tenha uma sequência de” ele disse, ela disse, ele perguntou, exclamou, etc.” correndo a página de fio a pavio.

Você pode querer considerar quais os gestos ou qual linguagem corporal é típica para cada um de seus personagens. Por exemplo, um dos personagens no romance que estou a escrever, tem o hábito de torcer a cabeça sempre que fica nervosa. Outro passa as mãos pelos cabelos despenteando-os literalmente. Eles só fazem isso algumas vezes ao longo do livro, mas eu acho que detalhes como esses fazem os personagens mais sólidos e, por consequência, a leitura mais agradável e fluida, deixando grande parte daquilo que seria uma descrição mais pormenorizada, à descoberta e imaginação do leitor. Grande parte do prazer de ler literatura seja ela de que género for, tem a ver com a imaginação que o escritor nos proporciona.

Algumas das coisas na minha lista não são exactamente linguagem corporal ou gestos, mas são úteis para enriquecer o diálogo entre os personagens, ou até substitui-lo. Tal como na última lista, incluí algumas maneiras diferentes de dizer a mesma coisa. Existem algumas frases pequenas e frases mais longas, que pode obviamente reescrever e ajustar como quiser. As listas que publico aqui são para ser usadas e como é óbvio pode copiá-las.

Linguagem corporal para escritores

ele abaixou a cabeça
ela baixou a cabeça
ele se abaixou
ela inclinou a cabeça
ele cobriu os olhos com uma mão
ela pressionou as mãos nas bochechas

ela levantou o queixo
ele ergueu o queixo

as suas mãos com os punhos em riste
as mãos dele apertaram os punhos
ela cerrou os punhos
ela fechou os punhos
ele abriu os punhos
seus braços permaneceram pendurados ao longo do corpo

ele encolheu os ombros
ela deu de ombros
ele levantou um ombro em descaso
ela deu um aceno ao acaso

ela levantou a mão em saudação
ele acenou

ela ergueu as mãos
ele levantou as mãos
ela ergueu as palmas das mãos
ele jogou as mãos no ar
ela esfregou as palmas das mãos
ele esfregou as mãos
ela fez uma torre de seus dedos
ele abriu as suas mãos
ela gesticulou
ele acenou com as mãos
ela bateu palmas
ele estalou os dedos
ela levantou um dedo
ele apontou
ela gesticulou com o indicador
ele apontou o indicador para…
ela estendeu o dedo do meio para ele
ele deu-lhe o dedo
ela estendeu o polegar para cima

ela colocou as mãos nos quadris
ela enfiou as mãos nos bolsos
ele enfiou as mãos nos bolsos da frente
ela descansou a mão no quadril
ela projectou seu quadril

ela cruzou os braços
ele cruzou os braços sobre o peito
ela se abraçou
ele passou os braços em volta de si
ela balançou para frente e para trás

ela abriu bem os braços
ele estendeu os braços
Ela estendeu sua mão
ele estendeu a mão

ele balançou sua cabeça
ela assentiu
ele balançou a cabeça
ela inclinou a cabeça
ele inclinou a cabeça
ela inclinou a cabeça
ele sacudiu a cabeça na direcção de ...
ela virou o rosto
ele olhou para longe

suas respirações aceleraram
ela ofegou
ela estava respirando com dificuldade
seu peito subiu e desceu com respirações rápidas
ela respirou fundo
ele respirou fundo
ela respirou fundo
ele engasgou
ela segurou a respiração
ele soltou uma respiração profunda
ela exalou
ele estourou as bochechas
ela bufou
ele suspirou
ela bufou

ela riu
ele riu
ela gargalhou
ela deu uma risada amarga
ele deu risada sem alegria
ela riu
ele gargalhou

ela esfregou o ombro
ele amassou o ombro
ele rolou os ombros
ela ficou tensa
ele massageava a nuca
ela esfregou as têmporas
ela esfregou as mãos nas coxas

ela passou a mão pelos cabelos
ele enfiou a mão pelo cabelo
ele passou os dedos pelos cabelos
ele empurrou o cabelo para longe do rosto
ela brincou com uma mecha de cabelo
ela brincou com o cabelo dela
ela girou o cabelo
ela enrolou um cacho em volta do dedo
ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha
ela soltou o rabo de cavalo e sacudiu o cabelo
ela jogou o cabelo
ele enterrou as mãos no cabelo
ele acariciou a barba
ele coçou a barba

ela puxou o lóbulo da orelha
ele mordeu um dedo
ela mastigou uma cutícula
ela pegou as unhas
ela inspeccionou as unhas
ele arrancou o punho de sua camisa
ela pegou um pedaço de fiapo da manga
ele ajustou as lapelas de sua jaqueta
ela brincou com seu brinco / pulseira
ele torceu a aliança no dedo
ela brincou com o celular
ele puxou o colarinho da camisa
ele ajustou a gravata
ela alisou a saia

ela coçou o nariz
ele coçou a cabeça
ele esfregou a testa
ela esfregou os olhos
ela beliscou a ponte do nariz
ele segurou o nariz

ela deu um tapa na testa
ele bateu na testa
ele deu uma palmada na boca dela
ela cobriu a boca com a mão
ela pressionou os dedos nos lábios
ele segurou o dedo até os lábios
ele esfregou o queixo

ela apertou a mão na garganta
ele apertou o peito
ele se encostou na parede
ela saltou na ponta dos pés
ela pulou para cima e para baixo
ele bateu o pé
ela pisou ele
ela cruzou as mãos no colo
ela tamborilou com os dedos na mesa
ele bateu os dedos na mesa
ele bateu a mão na mesa
ela bateu com o punho na mesa
ela colocou as palmas das mãos na mesa
ele descansou as mãos na mesa
ela colocou as mãos na mesa, com as palmas para cima
ele se recostou na cadeira
ela prendeu os pés ao redor das pernas da cadeira
ele agarrou o braço da cadeira
ela colocou as mãos atrás da cabeça
ele colocou os pés na mesa
ele mexeu
ela balançou o pé
ele balançou a perna
ela cruzou as pernas
ele descruzou as pernas
ela cruzou os tornozelos na frente dela
ela esticou as pernas na frente dela
ele se esparramou
ele colocou os pés na mesa

ela se encolheu
ele estremeceu
ela se encolheu
ele estremeceu
ela tremeu
seu corpo tremeu
ela se encolheu
ele encolheu de…
ela se amontoou no canto

ele se afastou
ela se afastou
ele se virou
ela pulou na vertical
ele endureceu
ela endireitou
ele ficou tenso
Ele pulou
ela pulou para os pés
ele levantou-se
ela se levantou do assento

ela relaxou
ele encurvou
seus ombros caíram
ela murchou
ele ficou mole
ele deu de ombros
ela endireitou os ombros

ela apertou as mãos atrás das costas
ele estufou o peito
ela empurrou o peito

ele apoiou o queixo na mão
ela descansou o queixo na palma da mão
ele bocejou
ela esticou

ele virou
ela se virou
ele girou
ela cambaleou

ela se afastou
ela se aproximou
ele se aproximou
ela avançou para frente
ele andou
ela mudou de um pé para o outro
ele balançou em seus pés
ela arrastou os pés

ela bombeou um punho
ele enfiou os punhos no ar
ela socou o ar

Espero que vos seja útil. Força nesses dedos e até ao próximo post!

domingo, 29 de abril de 2018

A minha experiência com a Babelcube

imagem retirada da internet


Descobri a Babelcube num anuncio no Facebook há cerca de dois anos. Como todos os autores independentes, achei fantástica a oportunidade de poder traduzir os meus livros para outras línguas. Inscrevi-me no site, coloquei lá três dos meus livros e esperei que algum tradutor se mostrasse interessado. Demorou bastante tempo até que um dia fui contactada - quase de imediato - por vários tradutores que me mandavam um excerto dos livros traduzido para que eu aprovasse ou rejeitasse as traduções. 
Não domino bem nenhuma língua estrangeira, embora me desenrasque em inglês, espanhol, italiano e francês.  Como já tinha lido muitas criticas acerca das traduções deste site, tomei alguma cautela e pedi a amigos que dominam bem o inglês e o espanhol, para me avaliarem as traduções. 
E começaram os problemas. Tive que recusar a maioria. No entanto um dos meus livros "Jardins de Luar" foi traduzido para espanhol ( da Argentina) e a tradução pareceu-me muito boa, sendo essa também a opinião de um amigo que a avaliou. Até aqui tudo bem, mas, depois do livro traduzido, havia que submetê-lo na plataforma para que a Babelcube o disponibilizasse para os seus parceiros. 
Começaram de novo os problemas. 
Como era a primeira vez que colocava um livro traduzido na plataforma, não o consegui fazer e pensei que o erro era meu. Mandei email para a Babelcube e informaram-me que o tradutor tinha que validar a tradução. Entrei em contacto com o tradutor - sempre disponível e cordial- e ele disse-me que a Babelcube o tinha informado que o processo estava concluído da parte dele, desde que o acordo fora assinado. Depois de email para cá e para lá, mensagens com o tradutor, o problema persistia e era da plataforma, sendo impossível de resolver pela minha parte, ou do tradutor. E confesso que a plataforma não fez qualquer esforço para resolver o problema, que neste caso era de código. 
 Propus ao tradutor iniciar o processo de novo e submeter o livro outra vez - não havia outra forma - , mas creio que ele se cansou de tanta confusão, até porque as pessoas tem mais que fazer, e desistiu de me responder. Aguardei meses na esperança de resolver o problema, e depois de tudo tentar, recusei a tradução, ficando muito triste com a experiência, mas com um livro traduzido.  

Há uns meses outro tradutor, quis traduzir outro livro e aceitei. Prazos cumpridos, desta vez foi mais fácil concluir o processo, no entanto, quando o fiz, tinha consciência que a tradução estava muito má. Um amigo, professor de inglês fez uma leitura transversal e disse-me que não publicasse. Para testar a "seriedade" da plataforma, submeti o livro, e esperei. Ontem recebi um email da Babelcube a informar-me que o livro tinha sido recusado pela Barnes&Noble, Kobo e iTunes, por falta de qualidade da tradução. Não me surpreendeu e fiquei aliviada. Não queria colocar no mercado uma tradução má e até já tinha pensado submeter o livro em inglês para revisão e aprimoramento da tradução. 
Mas caros leitores o pesadelo não acabou. Hoje ao visitar a minha página de autor na amazon, dei com o livro publicado pela Babelcube. Estou furiosa, mas não posso fazer nada, a não ser esperar que a amazon suspenda o livro por má qualidade, no entanto, isso só acontecerá quando algum leitor se queixar da qualidade da tradução. 

Conclusão: acredito que existam experiências boas com esta plataforma - o conceito é bem pensado- mas nada nos garante a qualidade das traduções e, até agora despendi tempo e muita paciência a tentar colocar no mercado algo que não tem qualidade. Não desisto do site ainda, mas futuramente só aceito tradutores nativos da língua como o tradutor que traduziu Jardins de Luar.  Creio que a Babelcube deveria ser mais criteriosa com as traduções, uma vez que no contrato especifica que se reserva o direito que não publicar quando a qualidade for duvidosa. 

E esta é a minha experiência com a Babelcube. Qual é a vossa? Alguém já publicou um livro traduzido por este site, e que queira partilha aqui?

domingo, 8 de abril de 2018

Novidade! A FILHA DO MERCADOR DE SEDA ( Dinah Jefferies)


Uma mulher entre duas culturas, um amor contra todas as probabilidades.
Indochina Francesa, 1952. Nicole Duval tem 18 anos, sangue vietnamita e francês e vive na sombra da sua irmã Sylvie desde a morte da mãe. Daí que a irmã tenha ficado responsável pela gestão do negócio de sedas do pai, e Nicole com a pequena loja de tecidos da família, situada no quarteirão vietnamita de Hanói — uma área a fervilhar com militantes rebeldes que se opõem ao domínio francês.

Convivendo cada vez mais com o povo vietnamita, Nicole desperta para a corrupção e violência do colonialismo. E o seu mundo acaba por desabar ao saber do chocante envolvimento da sua família nas maquinações coloniais.
Num país rasgado pelos contrastes, Nicole conhece Tran, um rebelde vietnamita que a ajuda a escapar aos seus problemas; mas é por Mark, um charmoso empresário americano, que ela se apaixona. Os dois homens são de mundos opostos e Nicole sente-se dividida. Chegará o momento em que ela terá de fazer uma escolha, mas em quem poderá ela confiar quando ninguém é o que parece?

Um romance sobre autodescoberta, rivalidade entre irmãs e um amor que desafia as convenções.

A AUTORA


Dinah Jefferies nasceu na Malásia e mudou-se para Inglaterra com 9 anos.
Estudou na Birmingham School of Art e, mais tarde, na Ulster University, onde se formou em Literatura Inglesa.
Autora bestseller do Sunday Times, colabora com alguns jornais, entre eles o The Guardian.
Depois de ter vivido em Itália e Espanha, regressou a Inglaterra, onde vive com o marido e o seu cão, e passa os dias a escrever e a desfrutar dos tempos livres com os netos.
O seu livro anterior, A Mulher do Plantador de Chá, foi bestseller do Sunday Times e selecionado para o Richard and Judy Bookclub, e está publicado na Topseller

terça-feira, 27 de março de 2018

Em pré-lançamento! ATÉ TE CONHECER de JUDITH McNAUGHT



SINOPSE
A sonhadora Sheridan Bromleigh, professora numa escola de elite americana, é contratada para acompanhar a jovem Miss Charise Lancaster até Inglaterra, onde esta se irá encontrar com o noivo, Lord Burleton. Mas a mimada Charise tem outros planos, e acaba por fugir com um rapaz que conhece no navio, deixando para Sheridan o embaraço de dar a notícia.

À sua espera nas docas está Stephen Westmoreland, que tem também algo para partilhar: Lord Burleton sofreu um terrível acidente. Stephen assume que a mulher que desce da embarcação é Charise Lancaster e está prestes a revelar a tragédia quando ela é atingida na cabeça… e perde os sentidos.

Três dias depois, Sheridan acorda sem qualquer memória de quem é ou de onde vem. A única pista do seu passado está no nome pelo qual todos a tratam: Miss Lancaster. Tem o belíssimo Stephen para cuidar dela e um futuro risonho pela frente. O conhecimento do passado não parece ser assim tão importante...

Mas com tantos mal-entendidos à mistura, poderá esta história acabar bem?
Dos confins da América à Londres elegante da década de 1820, esta é uma aventura romântica de Judith McNaught que não vai querer perder…


domingo, 25 de março de 2018

Simona Ahrnstedt - Em Queda Livre ( Novidade!)


SINOPSE
Segundo as colunas de mexericos, Alexander de la Grip é um conde sueco, playboy internacional, e o mais cobiçado solteirão com menos de trinta anos. Os seus dias são passados a recuperar das farras da noite anterior. Entrega-se sem reservas ao prazer e ao deboche, e parece não ter uma única preocupação na vida.
Já a médica Isobel Sørensen não tem senão preocupações. Habituada a tratar pacientes em campos de refugiados e zonas de guerra, dedica-se de corpo e alma ao trabalho humanitário. Mas o seu trabalho depende de donativos, e Alexander de la Grip, por algum motivo, retirou o seu apoio.

Será que foi por ela ter sido a única mulher que alguma vez lhe fez frente?
O inevitável reencontro é tão explosivo como seria de prever… a todos os níveis. Neste medir de forças, em que Alexander e Isobel testam os limites um do outro, a verdade vem lentamente ao de cima, e é bem mais complexa e lancinante do que seria de imaginar.

 Após o sucesso de Jogos Perigosos, Simona Ahrnstedt brinda-nos com uma história que percorre o globo, desde a Europa e a América até aos confins de África, sempre repleta de escândalo e suspense…


 A AUTORA
Nasceu em Praga, é psicóloga e psicoterapeuta e é considerada a rainha do romance escandinavo. Actualmente vive em Estocolmo com os filhos. 





domingo, 25 de fevereiro de 2018

Rapto Escaldante de Sandra Brown (novidade)


SINOPSE
Num bar fumarento e sombrio do Louisiana, o olhar de Shaw Kinnard cruza-se com o da elegante Jordie Bennet. Mas não se trata de amor à primeira vista. Ele está lá para a matar. Jordie sente que chegou a sua hora. Mas Shaw tem outros planos, pois sabe que o irmão dela, Josh, deitou indevidamente a mão a 30 milhões de dólares. No último minuto, Shaw poupa a vida de Jordie mas rapta-a. Agora, estão ambos em perigo, pois não são os únicos que procuram Josh e a fortuna roubada.

Jordie e Shaw precisam um do outro para se manterem vivos - mas confiar é baixar as defesas. E se Shaw emana uma aura de perigo que é quase irresistível, Jordie não lhe fica atrás; é misteriosa e impenetrável, e incapaz de revelar o que sente. À medida que o desejo e a tensão entre ambos aumentam, torna-se evidente que terão de fazer o impensável: confiar um no outro.

RAPTO ESCALDANTE é uma história de encontros, desencontros e enganos… mas quem está a enganar quem?

A AUTORA


Sandra Brown é a autora de mais de setenta romances, na sua maioria bestsellers do New York Times. É uma das mais importantes escritoras de romances policiais dos Estados Unidos, distinguida, entre outros, com os prémios Texas Medal of Arts Award for Literature e o Thriller Master de 2008,a distinção máxima atribuída pela International Thriller Writer's Association.
Nascida em Waco, no Texas, Brown trabalhou como modelo e em programas de televisão antes de se dedicar à escrita. Publicou o seu primeiro romance em 1981 e, desde então, já vendeu cerca de setenta milhões de exemplares em todo o mundo, estando a sua obra traduzida em trinta e três idiomas.
Vive com o marido em Arlington, no Texas.






Opinião em breve. Encomende o seu livro aqui directamente na Wook. 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Novidade - Os Sedutores ( Elizabeth Adler)


Surgiu outro titulo traduzido da autora. Como sabem Adler é uma das minhas autoras preferidas e como sempre aqui vos deixo uma pequena informação sobre o livro. Já está na minha estante e em breve vos deixarei aqui uma avaliação. 


SINOPSE
A morte repentina de Jolly, tia de Mirabella Matthews, surge como uma grande tragédia para a escritora. Mas traz também um novo começo, pois Mirabella passa a ser a proprietária de uma luxuosa mansão no Sul de França. Mas a herdeira rapidamente vai perceber que a fortuna traz consigo inesperados mistérios… e incontáveis perigos.

A caminho da Villa Romantica acontece um estranho incidente que por pouco não lhe tira a vida. E será o primeiro de vários… Aparentemente, Jolly era uma mulher mais complicada do que Mirabella pensava. Os homens do seu passado regressam agora com planos pouco ou nada claros. Num lugar onde tudo é belo, onde paira no ar o aroma a lavanda, pairam também segredos e perigo. Em quem pode Mirabella confiar? Quem é o homem que usa a máscara de um sedutor para ocultar a face de um assassino?

Com o detalhe e a mestria de que só Elizabeth Adler é capaz, o seu mais recente thriller vai prender o leitor da primeira à última página…



domingo, 21 de janeiro de 2018

A Doçura da Noite - Romance


Amanhã estará à venda na AMAZON, em ebook o meu novo romance. É um romance que aborda as perversões narcisicas e a psicopatia, de forma leve e romanceada. A versão em papel sairá também ainda esta semana em todas as lojas da amazon. 


Sinopse de A DOÇURA DA NOITE

Na noite de uma festa de homens, regada a álcool, drogas e acompanhantes de luxo, uma mulher morre misteriosamente. Sara Ataíde, uma das presentes nesse fatídico evento, estava longe de imaginar que o anfitrião – Carlos Borges – já a conhecia e, dias depois do fatídico evento começou a suspeitar que a atenção dele naquela noite se devia a propósitos pouco transparentes. Depois desse trágico acontecimento, onde ela parece ser a única testemunha, já que todas as outras mulheres desaparecem misteriosamente, a sua vida fica virada do avesso.
A noite, que ela adorava, torna-se de repente, algo a evitar. A noite e o misterioso médico-cirurgião, que parece estar em todo o lado que ela esteja. Carlos, não é o que parece, e Sara, por mais que se sinta atraída por ele, tem que fugir obrigatoriamente, como se isso fosse possível… 

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

A Mulher do Plantador de Chá - Opinião

"Um homem atormentado pelo passado?

Uma mulher perante a escolha mais terrível da sua vida.

Aos 19 anos, Gwendolyn Hooper abandona a Escócia para se encontrar com o seu marido, Laurence, em Ceilão, do outro lado do mundo. Recém-casados e apaixonados, eles são a definição do casal aristocrático perfeito: a bela dama britânica e o proprietário de uma das fazendas de chá mais prósperas do império.

Mas, ao chegar à mansão na paradisíaca propriedade Hooper, nada é como Gwen imaginara: os funcionários parecem rancorosos e calados, os vizinhos, traiçoeiros, e o seu marido, apesar de afetuoso, demonstra guardar segredos sombrios. Com Laurence ausente em trabalho, Gwen explora sozinha a plantação. Ao vaguear por locais proibidos, encontra várias portas fechadas e até um pequeno túmulo - pistas de um passado escondido.


Quando descobre estar grávida, a jovem sente-se feliz pela primeira vez desde que chegou a Ceilão. Mas, no dia de dar à luz, algo inesperado se revela. Agora, é ela quem se vê obrigada a manter em sigilo algo terrível, sob o preço de ver a sua família desfeita. Quando chegar o dia de revelar a verdade, será que ela vai ter o perdão daqueles que ama?"

Dinah Jefferies nasceu na Malásia e mudou-se para Inglaterra com nove anos. Estudou na Birmingham School of Art e, mais tarde, na Ulster University, onde se formou em Literatura Inglesa. Autora bestseller do Sunday Times, colabora com alguns jornais, entre eles o Guardian.

Depois de ter vivido em Itália e em Espanha, regressou a Inglaterra, onde vive com o seu marido e o seu cão, e passa os dias a escrever e a desfrutar dos tempos livres com os netos.

A Mulher do Plantador de Chá, que a Topseller agora publica, foi bestseller do Sunday Times e selecionado para o Richard and Judy Book Club.

Saiba mais sobre a autora em: www.dinahjefferies.com

OPINIÃO
Este livro esteve na pilha por ler durante algum tempo e, sempre que o olhava, tinha a sensação que ali estava uma pérola preciosa que eu ia adorar. Não me enganei!
A autora agarra o leitor logo nas primeiras páginas com uma narrativa simples e bem construída, dizendo o necessário e deixando outro tanto à imaginação do leitor. 
É um romance passado no século XX, no Ceilão - actual Sri Lanka - e passa-se no mundo das plantações de chá. Além de uma história de amor e perdas, é uma boa lição de história para quem desconhece como era no tempo da colónia inglesa. Aborda um assunto melindroso para a época - a mestiçagem - e fá-lo de uma forma magistral, levando o leitor no suspende até ao final, quanto ao destino da principal personagem feminina. 
Este foi um dos livros que me deu ressaca literária. Queria que continuasse e...continuasse...
Avaliei em 5 ***** na GoodReads.  

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Novidade! O Regresso da Primavera - Sveva Casati Modignani


SINOPSE
Passamos muito tempo a perseguir sonhos que nos escapam da mão, uma felicidade que não se deixa aprisionar. E depois acontece que o melhor da vida se revela num instante, talvez na magia de um encontro inesperado. Como aquele que aconteceu entre Lorenzo e Fiamma, surpreendidos por um amor que nem mesmo eles, provavelmente, acreditavam ser ainda possível.

Lorenzo Perego, um homem fascinante e culto, é professor de Geografia Económica numa escola profissional de Milão. Poderia ter escolhido um estabelecimento de maior prestígio, mas o ensino é a sua paixão e ajudar jovens com talento numa realidade difícil e muitas vezes desoladora é um desafio que o entusiasma e enriquece.

Fiamma Morino, com pouco mais de 40 anos, é diretora editorial de uma pequena editora de sucesso que ela própria fundou. Agora que a editora está prestes a sofrer uma drástica mudança de gestão, com que Fiamma não concorda, está disposta a tudo para a defender e continuar a garantir o cuidado e o amor que desde sempre dedica aos seus autores.

Através das vivências de Fiamma e Lorenzo, conhecemos a Itália de hoje, a da crise da Escola e da Economia, mas também aquela que é feita de pessoas empreendedoras, prontas a arregaçar as mangas e decididas a não se renderem.

A AUTORA


Sveva Casati Modignani é um pseudónimo utilizado principalmente por Bice Cairati (Milão, 13 de julho, 1938) e também era por seu marido falecido Nullo Cantaroni (Milão, 27 de agosto de 1928 - Milão, 29 de Dezembro de 2004), ela é, e ele era, escritores italianos, onde fizeram do pseudónimo um dos nomes mais populares da atual ficção de seu país.

Sob o pseudónimo, publicaram dezoito romances, que venderam mais de dez milhões de exemplares, foram traduzidos para catorze línguas e deram origem a vários filmes e séries televisivas de sucesso. Suas obras são baseadas principalmente em enredos focados em mulheres.

Bice Cairati declara:


Cada livro meu é um confronto com o mundo feminino, o que sucede à minha volta, o que acontece à volta das mulheres. Me agrada imaginar que para os homens as mulheres são muito difíceis de interpretar. Gosto de pensar que há leitores curiosos que se deixam fascinar por estes mistérios do universo feminino.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Novidade - Antes que seja tarde ( Margarida Rebelo Pinto)



SINOPSE
Neste novo livro de Margarida Rebelo Pinto encontramos três mulheres de gerações diferentes, desde os anos 60 até aos dias de hoje, com vidas sentimentais atribuladas e algo em comum: a atração pelo proibido.

Antes que seja tarde é um romance sobre o lado mais selvagem do amor, quando a paixão manda mais do que a razão e os sentidos falam mais alto. Os amores proibidos nunca caem na rotina, mas serão o caminho certo para o verdadeiro amor? O que fazer quando não se pode construir uma vida com quem se ama?


O destino cruzado destas 3 mulheres leva-nos a uma viagem alucinante sobre o lado obscuro das relações, onde a mentira, a traição e o adultério andam a par com a dignidade de uma grande história de amor.

MARGARIDA REBELO PINTO fala sobre o livro "ANTES QUE SEJA TARDE", entrevistada por Herman José

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Como começar o seu livro?



Você tem um romance escrito, mas está na fase de reescrever e está indeciso como começar a sua narrativa. Pois bem, saiba que não é único escritor, ou escritora que tem dúvidas desse género. O início, como todos escritores dizem, é certamente a parte mais difícil. Sabemos como os leitores decidem num curto instante se o livro merece a sua atenção ou não. Na verdade, muitas pessoas nem abrem o livro. Eles decidem apenas com base na capa.
Surpreso! Acredito que uma capa apelativa vende um livro. Ainda hoje comprei um de um autor que não conheço ( Flávio Capuleto, INFERNO EM LISBOA), com base na capa. Faço isso muitas vezes. Leio muito e tento ler autores diferentes para aprender novas formas de escrita, embora ache que já tenho a minha forma mais ou menos definida. Quando eu passei a usar o meu nome nas capas, ao invés do pseudónimo, uma leitora identificou o estilo antes de perceber que eramos a mesma pessoa. Mas não é de mim que quero falar. É do seu livro. No caso de seu livro ser comprado por um leitor, uma batalha totalmente diferente começa para si. As suas palavras, as primeiras, são as que devem agarrar o leitor ao livro. Quando um livro começa a descrever cenas ou pensamentos enfadonhos, isso é um mau prognóstico. Fica com uma boa percentagem de hipóteses de ele ser abandonado na prateleira. Acredita que nas livrarias os leitores lêem umas duas a três páginas depois de apreciarem visualmente a capa? Pois na amazon é igual. A amazon disponibiliza uma amostra do livro para o leitor decidir se compra ou não. Então pense bem como deve começar o seu livro.

Como deve fazer?

O momento característico é uma cena chave na história que prenda o leitor ao livro, que o faça querer saber mais. Não é uma posição aleatória. Esta cena cumpre diversas funções que correspondem exatamente ao que um leitor espera ver quando começa a ler o seu romance.


Quais são os ERROS mais COMUNS de um começo de livro?

Um personagem que acorda e reflecte sobre a vida, ou pensa no seu amor?
Um prólogo. A maioria dos livros passa bem sem prólogo. Isso só atrasa e baralha a leitura.
A personagem a nascer. Isso então é o cúmulo!
Mas não devo começar com esse tipo de cenas? Não totalmente se a sua história o justificar, caso contrário esqueça isso.

 Se sua história começa com o seu personagem a acordar, e depois descobre que não há ninguém em sua casa, ninguém nas ruas? Parece que não havia ninguém no mundo inteiro! Claro, essa cena seria muito importante. Ele porque faz parte da história. Sem essa cena, a história não pode continuar.

Mas se o personagem se levantar, tomar o pequeno-almoço, cumprimentar a família, vá para a escola e é aí que a magia acontece, então não inclua esse trecho no livro. Especialmente se você está planeando incluir o inevitável " o personagem vai ver-se ao espelho para descrever a sua aparência". Não faça isso!

Quanto ao prólogo, por definição, é algo que existe antes da própria história. Muitas vezes pensamos - e eu também já fiz isso – que os nossos leitores não poderão entender o que está para vir na história, se não lhes oferecermos uma pequena introdução primeiro.

Mas eu desafio-o a tentar. Tente não usar nenhum prólogo, comece directamente com a história e seja criativo com a forma como você agarra o leitor ao seu livro.

Mãos à obra, ou como dizia o Pedro Chagas Feitas, FORÇA NESSES DEDOS.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Lesley Pearse - Novidade


SINOPSE
Na primavera de 1935, em Londres, duas jovens observam enquanto a polícia retira o cadáver de um homem de um lago. Elas vêm de mundos completamente diferentes. Ruby é filha de uma prostituta alcoólica e só conhece a pobreza e o abandono. Verity, de boas famílias, vive com todo o conforto que o privilégio garante. Mas, nesse dia, começa entre ambas uma amizade que perdurará ao longo do tempo.

O destino, porém, não tardará a mostrar quão traiçoeiro pode ser: ao passo que Ruby encontra, por fim, um lar onde é amada e acarinhada, Verity sofre revés atrás de revés, e um terrível segredo do passado ameaça destruí-la. A Grã-Bretanha prepara-se para a guerra, a conjuntura é turbulenta. Apesar disso, ambas continuam presentes na vida uma da outra… até ao dia em que uma delas profere as palavras: "Morreste para mim".
Num país dilacerado pela guerra, poderá a amizade sobreviver?

Duas Mulheres, Dois Destinos é um romance épico que nos fala de lealdade, amor, e da força dos laços de amizade perante as mais duras adversidades. Como sempre, Lesley Pearse não desilude…


DETALHES DO PRODUTO
Duas Mulheres, Dois Destinos
de Lesley Pearse
ISBN: 9789892340678
Edição ou reimpressão: 11-2017
Editor: Edições Asa
Idioma: Português
Dimensões: 159 x 236 x 31 mm
 Encadernação: Capa mole Páginas: 464
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros em Português > Literatura > Romance